
Estresse, um problema que afeta a todos
O estresse é uma reação do organismo a diversas situações que podem causar sensações desagradáveis, como irritação, medo, desconforto, preocupação, frustração, indignação e outros sentimentos que podem levar a pessoa a sair da sua zona de conforto.
O estresse começa a ocorrer antes mesmo do nascimento e segue nos acompanhando ao longo da vida, como um mecanismo de sobrevivência útil que qualquer organismo vivo pode ter. Hoje em dia sabemos que o ser humano necessita da adrenalina e das reações geradas pelo estresse, em doses moderadas, para se sentir revigorado, motivado e competente. Contudo, em doses elevadas, e quando mal gerenciado, pode causar danos ao funcionamento físico e emocional das pessoas.
É importante lembrar que qualquer pessoa pode desenvolver estresse quando confrontada com situações desafiadoras. Do mesmo modo, ele também pode afetar crianças, adolescentes e adultos de qualquer faixa etária; a diferença está ligada ao que produz o estresse em cada pessoa. No caso de crianças e adolescentes, por exemplo, um período de provas escolares mal planejado pelo colégio ou a falta de uma rotina de estudos regular podem causar estresse ao estudante e a toda a família.
Quando pensamos nos adultos, o estresse não deve ser associado apenas à sobrecarga de trabalho. Não há dúvidas de que é necessário que a pessoa conheça seus limites e consiga regular seu ritmo diário de trabalho, assim como as empresas precisam atuar para fazer o mesmo. Contudo, outros aspectos importantes a observar são os fatores associados ao próprio ambiente de trabalho, em conjunto com o estresse emocional do trabalhador, que podem levar a outro quadro, como a Síndrome de Burnout ou Síndrome de Esgotamento Profissional.
Existem diversos motivos que podem causar estresse em uma pessoa, como dificuldades financeiras, insegurança, problemas de autoestima, questões familiares, problemas de relacionamento, dificuldades na vida acadêmica ou escolar, alterações no humor, luto, alguns medicamentos e eventos traumáticos.
O acesso a informações on-line e a cobertura da imprensa sobre o estresse podem levar muitas pessoas a têr uma compreensão equivocada do estresse emocional. Essas informações, muitas vezes, são incompletas ou imprecisas, o que pode levar a duas atitudes frequentes: pensar que não há nada a fazer sobre o assunto, porque muitas pessoas têm estresse e a sensação de medo frente ao problema, pelo julgamento de que a pessoa nunca voltará a ser ela mesma.
As duas opções são prejudiciais. O primeiro caso leva ao descuido e à omissão do tratamento de crianças, adolescentes e adultos de todas as idades, fragilizando ainda mais a saúde mental dessas pessoas. No segundo, o estabelecimento de um medo excessivo, diversas vezes paralisante, impede o paciente de buscar tratamento especializado.
O estresse pode causar problemas físicos e emocionais, afetando todos os aspectos da nossa vida. Os sintomas mais comuns do estresse incluem:
- Irritabilidade e agressividade;
- Ansiedade e desânimo;
- Problemas de concentração e insônia;
- Sensação de angústia e tristeza;
- Dor de cabeça e tonturas;
- Problemas digestivos;
- Queda de cabelo;
- Baixa imunidade;
- Problemas respiratórios;
- Halitose;
- Problemas relacionados com a pele;
- Dores crônicas;
- Alterações na libido e no apetite;
- Tensão muscular;
- Entre outros.
É possível que o estresse desencadeie alergias, pois estimula o organismo a produzir o hormônio cortisol. Problemas como dermatite atópica, psoríase, urticária e vitiligo podem surgir, embora seja necessário que sejam causadas por mais de um fator, além de terem um importante componente genético.
O estresse existe e não pode ser completamente evitado. Ele pode aparecer associado a outras doenças, que não desaparecerão totalmente, mesmo após o seu controle e compreensão. Essas doenças, uma vez desenvolvidas, ganham autonomia funcional e precisam ser controladas ao longo da vida; alguns exemplos são lúpus, psoríase, hipertensão arterial, úlcera entre outros. Portanto é um problema que não pode ser ignorado e que, seriamente tratado, garantirá maior qualidade de vida ao paciente.
Procure um profissional de saúde se você, alguém de sua família, amigo ou colega de trabalho vivencia esse problema.